A psicoterapia no tratamento do câncer de mama
Outubro é o mês das campanhas de conscientização para a prevenção do câncer de mama e também da saúde da mulher. Você sabia que o câncer de mama é o segundo tipo de câncer que mais atinge as mulheres, estando atrás somente do câncer de pele? Segundo o INCA, Instituto Nacional de Câncer, a estimativa é que em 2019 se tenha mais de 59 mil novos casos de câncer de mama, onde em média 16% são fatais. O autoexame é muito importante para o autoconhecimento, mas não é o método mais eficaz para o diagnóstico. A mamografia continua sendo a melhor forma de prevenção
O câncer de mama é sistêmico, ou seja, envolve vários aspectos da vida da paciente. Pois, além do diagnóstico colocar a mulher em uma posição de reflexão sobre a doença e suas chances de recuperação, também afeta os outros âmbitos de sua vida. É um processo vivido, não apenas pela pessoa diagnosticada, mas também pela sua família como um momento de intensa angústia, sofrimento e ansiedade, que afetam diretamente seu emocional, sua imagem pessoal, autoestima, sexualidade e suas relações. Alguns estudos apontam que 70% das mulheres diagnosticadas com o câncer são abandonadas pelos seus maridos, o que aumenta ainda mais a vivência do luto e o processo de adoecimento.
Para a psicologia, saúde é um estado de bem-estar biopsicossocial, produzido a partir da interação entre corpo, mente e ambiente social, não somente a ausência de doenças. Nesse contexto, tratar apenas o câncer de mama muitas vezes não é suficiente. É necessário abordar os diversos aspectos que a doença afeta na vida da pessoa diagnosticas, compreendendo qual é o impacto do tratamento da sua vida pessoal, familiar e até profissional. Para que as mulheres consigam recuperar sua saúde, autoconfiança e autoestima, a terapia pode ter um papel bastante importante, pois ela vem com o intuito de ajudar as pacientes a se fortalecerem novamente. O processo terapêutico pode ser o lugar onde essas mulheres e seus familiares poderão ter um espaço seguro para falar sobre essas angústias e encontrar maneiras de produzir vida frente ao momento de adoecimento.
Cada pessoa tem uma vivência diferente frente ao câncer. É importante lembrar que não é só uma mama, mas uma mulher inteira que se faz foco na terapia!
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